terça-feira, janeiro 29


[...]O que eu adoro em ti,

Não é a mãe que perdi,

Não é a irmã que já perdi,

E meu pai.

O que adoro em tua natureza,

Não é o profundo instinto maternal

Em teu flanco aberto como uma ferida.

Nem a tua pureza.

Nem a tua impureza.

O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!

O que adoro em ti, é a vida...


(Manuel Bandeira )

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