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- Trabalho o poema sobre uma hipótese:
o amor que se despeja no copo da vida,
até meio, como seo pudéssemos beber de um trago.
No fundo,como o vinho turvo,
deixa um gosto amargo na boca.
Pergunto onde está a transparência do vidro,
a pureza de líquido inicial,
a energia de quem procura esvaziar a garrafa;
e a resposta são estes cacos que nos cortam as mãos,
a mesa da alma suja de restos,
palavras espalhadas num cansaço de sentidos.
Volto, então, à primeira hipótese.
O amor.- Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima,
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
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