terça-feira, dezembro 11


Quero beber seus versos

Na taça da sua boca

Onde nossas línguas

Dançam loucas

Decifrando em cada movimento

O que se passa no pensamento

Lambemos as palavras

Que se dissolvem em nossos lábios

Mastigamos, engolimos

Cada sílaba dessa canção

Composta de respiração e êxtase

Sussurros no ouvido molham os caminhos...

Diluída, a poesia

Tempera nossa carne

Pimenta que arde

Em todos os sentidos

Conotativos...Escrever, nosso vício...Os becos, abrigos

Submundos pervertidos

A pele, o muro

Onde a línguaGrafita os desejos

E o mar arrebenta

Revelando segredos...

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