quinta-feira, dezembro 27

UM MIMO


Se o teu corpo, o teu nome
Com o meu não combina,
Façamos então, das nossas almas, a rima.
“As almas se entendem, os corpos não.”
E nos elevemos além da matéria.
Rima rica, rima pobre...
Correta - ou torta...
Desmedida... metrificada... não importa!
Eu te levaria, independente dela,
Ao ponto mais alto da colina.
Mas já que não posso, façamos um trato:
E como ele não pode ser concreto,
Que seja então abstrato.
No meu sonho,
Eu te imagino, te pinto,
Te nino, faço um mimo,
Te ensino... e aprendo.
Se você me ensina.
É que...
“No quintal de lá de casa
Tem um pé de sonho....”
Marcos Aurélio Mendes

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