domingo, janeiro 20


Me chama de fada

Me chama de amada.

Me diz tudo

Sem precisar dizer nada.

Há dias de calmaria

Dias que sou tufão.

Ás vezes menininha

Em outras mulherão.

É estranho querer entender

Como mudo rápido.

Digo sim, digo não

Vou ao inferno e passo no céu de raspão...

Pode rir!

Também te farei chorar...

Como te farei enlouquecer

Sonhar, querer, gozar.

Cuida o céu!

Sou regida pelas estrelas...

Ás vezes densa...

Em outras sutil.

Pelos poros exalo Afrodite

Como ninguém nunca viu.

Ás vezes me tem...

Ás vezes fujo

Te provoco...

E tento me defender.

Esqueço de ti...

Esqueço de mim...

Mas muda o céu e me tens pra ti...

Assim... Sem entender.


(Carolina Salcides)

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