”… Queres saber quem eu sou? Eu sou o que te olha e espia para te recolher e depois guardar num lugar que é só meu. Para isso serve o papel. O resto não precisas de saber. Nem convêm. Só te ia distrair, podes crer. Eu sou o que mergulha as mãos na tua vida para sentir a minha a voltar …”
“… Por vezes gosta-se de uma mulher por não haver outra por perto de que se possa gostar. Por vezes gosta-se de uma mulher por se ter gostado muito de um homem que deixou de gostar de nós e precisamos de tudo tentar para o esquecer. Por vezes gosta-se de uma mulher por lembrar outra mulher de quem se gostou e não descobrimos quem possa ter sido. Por vezes gosta-se de uma mulher por se estar muito cansado de se gostar muito de uma outra mulher. Por vezes gosta-se de uma mulher só por gostar. Às vezes ele escrevia uma colecção de disparates que lhe juntava para oferecer. Às vezes ela ria, outras vezes não…”
”… Por vezes gosta-se de um homem só porque faz falta para ir ao cinema. Por vezes gosta-se de um homem só porque o corpo tem intermitentes exigências. Por vezes gosta-se de um homem só porque não se gosta de outro. Por vezes gosta-se de um homem só porque nos faz rir. Por vezes gosta-se de um homem só. Às vezes ela escrevia frases que depois lhe lia. Ela ria. Ele ficava muito sério a ouvir, a tentar descobrir em que caso cabia…”
”… É tão estranho conhecer uma pessoa. Tão dificil que parece impossivel. Não existir e passar a existir: uma pessoa inteira, um mundo inteiro. Onde caberá um mundo inteiro neste mundo pequenino? Como é que se consegue? Como se faz?…”
apagar 11 nov (6 dias atrás)
”… É preciso que saibas que, entre a liberdade e a segurança, a grande maioria não escolhe a liberdade. A liberdade precisa da coragem de lutar com o medo, sem a certeza de o vencer. E o medo existe sempre, ontem, hoje e amanhã, e a coragem é tão rara como o espirito que ama a liberdade…”
”… Por que queres tu que os meus lábios sejam só teus? Porque só eles são iguais aos teus…”
”… E para que serve o amor, diz-me já. Serve para perder o medo…”
“Muito, meu amor” - Pedro Paixão