Quero uma mulher serena dentro de mim.
Quero o simples de Marias.
Quero a força de Helenas.
Quero um rouxinol.
- Cobbett -
by Helena
Ele tem um olhar econômico
Ele tem um verbo raro… eu gosto disso
Ele ama o canto dos pombos e o cheiro do café
E são essas as coisinhas que fazemos sem pensar
Esse é meu homem, minha bandeira,
Meu homem, aquele que preciso
Eu me arrepio, tomo água
Esse é meu homem, meu abrigo, meu leito, meu herói
Ele não saberia como brilhar
Como um farol banal, esquecido
E nesse mar ordinario, ele quebra as ondas sem ver
Essas milhares de luzes que são oferecidas a mim, sem querer
Esse é meu homem, minha bandeira
Meu homem, aquele que preciso
Eu me arrepio, tomo agua
Essa é meu homem, meu fogo, meu repouso,
Esse é meu homem, meu amigo
Que perdoa, aquele que escolhi
Quando hesito, quando eu falho
Esse é meu homem que faz o que ele diz
Esse é meu homem, eu o admiro
Meu ozônio, o ar que eu respiro
Meu ópio, meu dia
Meu homem, meu teto, meu caminho… meu amor
Que diabos faço aí?
Eu me afundo ao fundo de ti.
Que horas são? Que fogo me afoga?
É dia ou noite? Eu não sei!
Minha pele se cola ao rubro de teu sangue que se move
e que flui em direção a mim
Eu danço e me debato
Envolvo meus tornozelos em volta de ti
minhas pernas se dobram,
eu contorno teus quadris,
sobre minha cintura executas tua vingança
Imploro em vão, mas tu mesmo ris
uma sede se sacia
Eu danço ou me debato? Eu não sei, eu não sei...
Tango, mi amor
tu me fazes mal e minha sina
é o bem que me devora
quando meu corpo se contorce
Tango, mi amor, caça ou caçador
Um de nós dois é mais forte
Tango, mi amor
Mas a dúvida se estabelece,
me sinto como em fuga
a vida me empurra na corrida,
meu corpo que te repele
Teus gestos me lembram que
tu não tens sobre mim o direito que eu te devo
Eu danço e me debato
Mas como dizer de quem, de quê, de quem eu sou?
Quando pertencer somente a ti é o desafio
E se eu te dissesse que não há mais somente tu
Eu danço e tu te debates, eu danço e tu te debates!
Tango, mi amor
tu me fazes mal e minha sina
é o bem que me devora
quando meu corpo se contorce
Tango, mi amor, caça ou caçador
Um de nós dois é mais forte
Tango, mi amor
Tango, meu corpo não te pertence ainda
e se minh'alma dele sai
Meu corpo, ele, se contorce.
Tango Tango...
Composição: Zeca Baleiro e Fernando Abreu
Sempre que te vejo assim
Linda, nua
E um pouco nervosa
Minha velha alma
Cria alma nova
Quer voar pela boca
Quer sair por aí...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir...
Sempre que te vejo assim
Linda, nua
E um pouco nervosa
Minha velha alma
Cria alma nova
Quer voar pela boca
Quer sair por aí...
Eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir...
Então ficamos
Minha alma e eu
Olhando o corpo teu
Sem entender...
Como é que a alma
Entra nessa história
Afinal o amor
É tão carnal...
Eu bem que tento
Tento entender
Mas a minha alma
Não quer nem saber
Só quer entrar em você
Como tantas vezes
Já me viu fazer...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...
Então ficamos
Minha alma e eu
Olhando o corpo teu
Sem entender...
Como é que a alma
Entra nessa história
Afinal o amor
É tão carnal...
Eu bem que tento, tento
Tento entender
Mas a minha alma
Não quer nem saber
Só quer entrar em você
Como tantas vezes
Já me viu fazer...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...
Eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...