Despertei as palavras que dormiam
Nos versos dos papéis.
Acordei os sentidos que o calor não tocava.
Despi-me dos poemas em retalhos
Que me cobriam a nudez do lado de fora.
Sem disfarçar as dobras da minha face,
E a experiência que cobre o meu corpo,
Alterei os ponteiros da minha calma,
E agora, nas maduras horas mais lentas,
A alma preenche os próprios vazios,
Com esperanças que só o amor pode,
Enquanto eu danço nu no novo tempo,
E dissipo vigor por todos os poros.
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