Lembrei do moço que me ensinou beijos,
e, batendo a massa, preparando o recheio,
untando a fôrma, lambendo o dedo sujo de calda,
notei que rocamboles e amores são a mesma coisa.
Ambos necessitam de doses iguais de atenção e doçura.
Além de uma certa parcimônia de fogo alto.
Quando dá certo, a massa é fofa e fina, o recheio úmido, mas não molhado.
Como pétalas de rosas ao acordar.
Cristiane Lisbôa
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