No meio da página escrevo ao acaso a palavra MENINA
e à sua magia, um caminho abre-se
para ela andar.
E como houvesse brotado aos seus pés um arroio espiador
uma ponte estendeu-se
para ela atravessar.
Mas a menina
agora parou
e do meio da ponte namora encantadamente nas águas
a graça inacabada de seu pequenino rosto feito às pressas.
Às pressas...
(nem tive tempo de lhe dar um nome)
A vida é assim,
meninazinha sem nome...
A vida nem dá tempo para a vida!
MARIO QUINTANA
In Baú de espantos
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