quarta-feira, outubro 13

Tu es mon autre




Alma ou irmã
Gêmeo ou irmão
de nada, mas quem é você?
Você é meu maior mistério
Meu único lugar próximo
Tu me enrubeces e me embriona
E você me guarda em teus olhos
Você é o único animal de minha arca perdida

Tu só falas uma língua, nenhuma palavra dita
Aquela que faz de ti, meu outro, o ser reconhecido
Não há nada para compreender
E que passe ao intrusivo
Que não poderá esperar nada disso
Pois eu estou sozinha escutando
Os silêncios e quando eu tremo com isso

Tu, tu és meu outro
A força de minha fé
Minha fraqueza e minha lei
Minha insolência e meu direito

Eu, eu sou teu outro
Se não fôssemos daqui
Seríamos o infinito

E se um de nós dois cair,
A arvore da nossa vida
nos manterá longe da sombra
Entre céu e o fruto
Mas nunca longe um do outro,
Nós seríamos amaldiçoados.
Você será meu ultimo segundo
Pois eu estou sozinha escutando
Os silêncios e quando eu tremo com isso

Tu, tu és meu outro
A força de minha fé
Minha fraqueza e minha lei
Minha insolência e meu direito

Eu, eu sou teu outro
Se não fôssemos daqui
Seríamos o infinito

E se um de nós dois cair...

Um comentário:

Be Lins disse...

Eu achei esse poema lindo e profundamente possível. Acredito nessas sentimentalidades, muitas vezes dadas como impossíveis.

Um beijo.