Quisera a minha voz
entrar nas artérias do teu corpo.
Quisera ver a minha dorvencida pelas cores do teu rosto
e roçar as pedras da calçada
na nudez do prazer.
Quisera, meu amor, falar de ti
a quem não sabe ouvir-me
e dar a minha intimidade
ao gesto de te ver.
Quisera pendurar os meus pedaços
na gruta do futuro
deste amor sem tempo.
Quisera acreditar que me acreditas
quando num beijo
te dou tudo em silêncio.
(M. J. Alves dos Reis)
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