terça-feira, fevereiro 12

O silêncio

ISABEL GUERRA
Quando a ternura

parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,

inda demora,

quando azuis irrompem

os teus olhos

e procuram

nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras

desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.


Eugênio Andrade



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