ENQUANTO a margem espuma da Ilha Negra,
O sal azul, o sol nas ondas te molham,
Eu contemplo os trabalhos da vespa
Empenhada no mel de seu universo.
Vai e vem equilibrando seu reto e ruivo vôo
Como se deslizasse de um arame invisível
A elegância do baile, a sede de sua cintura,
E os assassinatos do ferrão maligno.
De petróleo e laranja é seu arco-íris ,
Busca como um avião entre a erva,
Com um rumor de espiga, voa, desaparece,
Enquanto tu sais do mar, nua,
E regressas ao mundo cheia de sal e sol,
Reverberante estátua e espada da areia.
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